Introdução
A geografia é um dos saberes mais antigos que
existem. De forma resumida, podemos dizer que ela é o estudo do espaço que os
seres humanos habitam. Assim sendo, seu
início coincide com o advento dos primeiros mapas, na Antiguidade, pois a elaboração
de um mapa era importante para mostrar o caminho para determinado local, para
localizar cada objeto ou fenômeno numa determinada região, desde já se
pressupõe um estudo geográfico. O mapa é um excelente instrumento para a geografia
e, normalmente, os estudos ou trabalhos dessa disciplina são acompanhados por
mapas.
Os mapas existem desde antes mesmo a escrita
ter sido inventada. Eles servem para representar alguma parte do espaço
geográfico. Existem diversos tipos de mapas, e cada um deles pode apresentar
aspectos diferentes, mesmo se tratando de uma mesma região, como por exemplo, a
vegetação ou características da hidrografia de um lugar. O uso dos mapas pode
ser aprendido e estudado nas escolas, além de servir como ferramenta para
facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Mais do que isso, os mapas
contribuem na realização de diversas atividades humanas, como no turismo, na
preservação ambiental, e nas viagens.
Desta forma podemos afirmar que os mapas foram e continuam
sendo muito úteis no processo de descobertas e de localizações. Portanto ao
falar-se em clima podemos citar os mapas climáticos, que são mapas que
descrevem o clima de uma determinada região ou localidade. Geralmente são
usadas escalas com cores para descrever as temperaturas e tipos de climas da
região em questão.
É
importante salientar que muitas pessoas confundem clima com o tempo, apesar
de tempo e clima serem dois termos bem distintos. Mas será que há
diferença entre os dois? É o que veremos no decorrer deste trabalho, bem como
os fatores que influenciam o clima e os seus elementos. Também será mostrada
uma visão geral dos principais climas do Brasil.
Ø Climas do Brasil
Clima corresponde ao conjunto de variações do tempo de uma
determinada localidade. Para estabelecer o clima de um lugar é necessário
analisar os fenômenos atmosféricos durante um período de, aproximadamente, 30
anos. O clima está diretamente relacionado à formação vegetal.
O extenso território brasileiro,
a diversidade de formas de relevo, a altitude e dinâmica das correntes e massas de
ar, possibilitam uma grande diversidade de climas no Brasil. Este último fator é de suma importância porque atua
diretamente tanto na temperatura quanto na pluviosidade, provocando as
diferenciações climáticas regionais. Atravessado na região norte pela Linha do Equador e
ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na maior parte do
território, nas zonas de latitudes baixas-chamadas de zona intertropical-
nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em
torno de 20 ºC.
A amplitude térmica -
diferenças entre as temperaturas mínimas e máximas no decorrer do ano - é
baixa, em outras palavras: a variação de temperatura no território brasileiro é
pequena.
Não existe uma única classificação para os climas. A
classificação mais utilizada para os tipos de clima do Brasil é baseada no
geógrafo Arthur Strahler, que considera a circulação das massas de ar como o
fator mais importante para a caracterização climática.
A classificação de Arthur Strahler, adaptada ao Brasil, reconhece cinco regiões climáticas, definidas pela atuação de massas de ar equatorial, tropical e polar.
Ø Os tipos de clima do Brasil
·
Clima Subtropical: Está presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do
Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões
quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à
março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As
temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente
no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.
·
Clima Semiárido: Encontra-se presente, principalmente, no sertão nordestino,
caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. As
temperaturas são altas durante quase todo o ano.
·
Clima Equatorial: Encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas
durante quase todo o ano. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico
acima de 2500 mm anuais.
·
Clima Tropical: Apresenta temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C),
presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.
·
Clima Tropical de altitude: Ocorrem principalmente nas regiões serranas do
Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperaturas médias
variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a
influência das massas de ar frias vindas pelo Oceano Atlântico. Pode apresentar
geada no inverno.
·
Clima Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas
regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande influência da umidade vinda do
Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até
40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo
oceano, costuma chover muito nestas áreas.
Ø Vegetação do Brasil
Em nosso planeta
possuímos diferentes tipos de vegetações, sendo que estas podem variar de
acordo com a região em que se encontram. Fatores como altitude, latitude,
pressão atmosférica, iluminação e forma de atuação das massas de ar são
fundamentais para sabermos qual a espécie de vegetação que se encontra em cada
parte do planeta Terra.
Associada aos
diversos climas, relevos e solos existentes no Brasil há uma variedade de
formações vegetais. A vegetação brasileira pode ser classificada em floresta Amazônica,
mata Atlântica (florestas costeiras), caatinga, pantanal mato-grossense,
cerrado, campos, mata de araucária, mata de cocais, mangue e restinga.
Explorada desde a
colonização, a vegetação original é a primeira fonte de riqueza do país. A
extração de pau-brasil representa o início de um processo desordenado de
utilização da cobertura vegetal, que persiste até hoje em diferentes níveis, e
levou, praticamente, à extinção da mata Atlântica. Atualmente o desmatamento atinge,
sobretudo a Amazônia.
Os principais
tipos de vegetação são: a Floresta
Amazônica no norte, a Mata dos Cocais no
meio-norte, a Mata Atlântica desde
o nordeste até o sul, a Mata
das Araucárias no sul, a Caatinga no
nordeste, o Cerrado no
centro, o Complexo
do Pantanal no sudoeste, os campos no
extremo sul com manchas esparsas em alguns estados do país e a vegetação litorânea desde
o Amapá até Rio Grande do Sul.
Ø Massas
de ar
Massa de ar é
uma parcela extensa e espessa da atmosfera, com milhares de quilômetros quadrados
de extensão, que apresenta características próprias depressão, temperatura e umidade, determinadas pela região na qual se origina. Devido às
diferenças de pressão, as massas de ar que compõem a atmosfera estão em
constante movimento.
Um dos fatores mais decisivos na caracterização do clima de
uma dada região é a atuação das massas de ar, pois “emprestam” suas características
ao tempo e ao clima dos lugares por onde circulam. A origem quanto às zonas
climáticas determinará a temperatura das massas, assim, as que se formarem na
zona polar serão frias e as das zonas tropical e equatorial, serão quentes. Da
mesma forma, a origem oceânica ou continental irá determinar sua umidade que
poderá, entretanto, variar com o deslocamento da massa por sobre regiões de
umidade distinta.
Ø Massas
de ar que atuam no Brasil
As zonas climáticas brasileiras são influenciadas pela atuação de cinco massas de ar:
Massa Equatorial Continental (mEc): É uma massa quente e instável originada na Amazônia Ocidental, que atua sobre todas as regiões do país. Apesar de continental é uma massa úmida, em razão da presença de rios caudalosos e da intensa transpiração da massa vegetal da Amazônia, região em que provoca chuvas abundantes e quase diárias, principalmente no verão e no outono. No verão, avança para o interior do país provocando as “chuvas de verão”.
Massa Equatorial Atlântica (mEa): É quente, úmida e originária do Atlântico Norte (próximo à Ilha de Açores). Atua nas regiões litorânes do Norte do Nordeste, principalmente no verão e na primavera, sendo também formadoras dos ventos alísios de nordeste.
Massa Tropical Atlântica (mTa): Origina-se no Oceano Atlântico e atua na faixa litorânea do Nordeste ao Sul do país. Quente e úmida, provoca as chuvas frontais de inverno na região Nordeste a partir do seu enconttro com a Massa Polar Atlântica e as chuvas de relevo nos litorais sul e sudeste, a partir do choque com a Serra do Mar. Também é formadora dos ventos alísios de sudeste.
Massa Polar Atlântica (mPa): Forma-se no Oceano Atlântico sul (próximo à Patagônia), sendo fria e úmida e atuando sobretudo no inverno no litoral nordestino (causa chuvas frontais), nos estados sulinos (causa queda de temperatura e geadas) e na Amazônia Ocidental (causa fenômeno da friagem, queda brusca na temperatura).
Massa Tropical Continental (mTc): Originada na Depressão do Chaco, é quente e seca e atua basicamente em sua área de origem, causando longos períodos quentes e secos no sul da região Centro-oeste e no interior das regiões Sul e Sudeste.
Observação: o território brasileiro sofre a ação de cinco massas de ar.
Três delas são mais atuantes durante o todo o ano: a Equatorial Continental, a
Tropical Atlântica e Polar Atlântica que, embora ocorra com mais frequência no
inverno, quando entra no Brasil, como uma frente fria, pode ocorrer também em outros
meses do ano.
As
massas de ar avançam ou recuam devido à rotação da Terra, que provoca
alterações na atração gravitacional e diferença de aquecimento, gerando ondas,
que fazem com que as massas estejam em constante movimento. Durante o verão, o
território brasileiro é dominado por massas de ar quente (tropicais e
equatoriais). O resultado disso são temperaturas elevadas. Nesse período,
também ocorrem muitas chuvas, por causa da umidade das massas oceânicas. Em
grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, é a época das enchentes. No
inverno, boa parte dos Estados brasileiros é invadida por ondas de frio. É a
ação da massa Polar Atlântica. Ela provoca geadas e até neve em regiões do Sul
do país e pode chegar à Amazônia, causando queda de temperatura – é o fenômeno
conhecido como friagem, quando os termômetros podem bater na casa dos 10 ºC de
uma hora para outra.
As
massas de ar que interferem mais diretamente são a equatorial (continental e
atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica.
Ø
Curiosidades:
·
A ciência que estuda o clima e o tempo é o ramo da
Geografia conhecido como climatologia.
·
As mudanças climáticas têm provado, na atualidade,
o derretimento das calotas polares e a intensificação do processo de
desertificação.
·
A
Floresta Amazônica influencia não só o clima local, mas também o de outras
regiões distantes. A América do Norte, por exemplo, recebe vapor d'água gerado
na Amazônia e que é carregado pelos ventos.
·
A
umidade transportada por centenas de quilômetros funciona como reguladora do
clima da região.
·
Caatinga:
vegetação adaptada às áreas semiáridas (arbustos e árvores espinhosas).
·
Evapotranspiração:
fenômeno que combina a transpiração vegetal com a evaporação da umidade das
folhas.
·
Média
pluviométrica: média da quantidade de chuva durante um ano.
Ø
Conclusão
O
presente trabalho teve como objetivo, buscar definir o que é o clima, suas
curiosidades e fatores que o acompanha. Desta forma podemos afirmar que este
nos foi muito útil, podendo esclarecer dúvidas, informar sobre algumas
curiosidades, ao chegar a fim do mesmo podemos concluir que o nosso pouco
conhecimento sobre clima se tornou vasto, nos tornando um pouco mais
compreensíveis até mesmo no âmbito do aquecimento global. Compreendemos um pouco
mais sobre o clima, como por exemplo, que ele pode ser definido como: fatores
do clima, latitude, altitude, massas de ar continentalidade e correntes
marítimas. E todos fenômenos meteorológicos.
O
clima tem grande importância na vida de todos os seres vivos, e é por esse
motivo que estamos aqui comentado e discutido o assunto, com o objetivo de
alertar as pessoas do que está acontecendo com o mundo. Hoje em dia a
tecnologia está muito avançada nos fornecendo em muitos aspectos de
conhecimento, exploração e também preservação. Entre as alternativas para
acabar com o problema de âmbito mundial, que é o aquecimento global, está à
ação de pequenas atitudes de economia, que farão com certeza, num futuro
próximo, a diferença.
Desta
forma compreende-se que o clima caracteriza um padrão dos diversos elementos
atmosféricos que ocorrem na atmosfera da Terra. Fenômenos como frentes frias,
tempestades, furacões e outros estão associados tanto às variações
meteorológicas preditas pelas leis físicas determinísticas, assim como a um
conjunto de variações aleatórias dos elementos meteorológicos (temperatura,
precipitação, vento, umidade, pressão do ar) cuja principal ferramenta de
investigação é a estatística. As semelhanças em várias regiões da Terra de
tipos específicos caracterizam os diversos tipos de clima, para o que são
consideradas as variações médias dos elementos meteorológicos ao longo das
estações do ano num período de não menos de 30 anos.
Todavia vale ressaltar que o estudo do clima dentro da sala
de aula com a utilização dos mapas, deve-se ser intensificado, devido a
crescente falta de compreensão apresenta pelos alunos na compreensão de um
mapa, desta forma é importante ressaltar que os mapas apresentam algo negativo
na mente dos alunos fazendo com que estes não despertem nenhum interesse pelo
assunto, deixando a disciplina de geografia em segundo plano. Mesmo assim
concluímos que a geografia é muito importante em nossa vida e que vivemos a
geografia diariamente, porém é preciso conscientizar a sociedade deste fato.
Ø
Bibliografia
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